Na quinta feira (14/02/11) no campus da faculdade, os alunos do quinto semestre do curso de Design de Interiores do período noturno, entre eles eu, realizaram um passeio com tecnologias assistivas, bengalas usada por cegos, e uma cadeiras de rodas do modelo mais comum para um deficiente motor, o campus da faculdade parece totalmente acessível a qualquer deficiente, a primeira vista , não há degraus aparentes e as portas parecem suficientemente largas , porém depois de uma breve constatação por experiência própria percebi que era totalmente equivocado o titulo acessível e não são só degraus ou portas são problemas; sendo que qualquer desnível representa uma real dificuldade , com a cadeira de rodas tentei uma prática comum a qualquer estudante, entrar e sair da biblioteca, tive de fazer um esforço sobre humano pra entrar e sair sendo que, sair sem ajuda é impossível, e esse é apenas um dos problemas , a única rampa que dá acesso a cantina tem uma angulação totalmente errada, muito propicia a tombar um deficiente motor que use uma cadeira de rodas , não há espaço para manobrar no elevador e em muitas passagens de áreas comuns, conclusão o acesso se torna restrito, não há pisos táteis que facilitariam grandemente a vida de um deficiente visual, atos simples á um estudante como pagar a faculdade o uso do banheiro e beber água se tornam inviáveis sem ajuda, e ajuda neste caso é visto por mim como a falta de independência que eu como deficiente teria, um sentimento que me rondava o tempo inteiro era o de incapacidade, sentimento equivocado, diria eu, porque o que acontece é que o lugar que está inadequado para lhe receber nunca o contrario .Teoricamente todos os seres humanos teriam de ter a capacidade para gozar do seus direitos e liberdades, mas no cenário do país que vivemos isso não acontece, o que existe é uma dificuldade ou impossibilidade de execuções de atividades comuns a outras pessoas.
Uma das coisas que me incomodou e tem que ser comentada coisa a ser comentada é a maneira que as pessoas olham, talvez elas não saibam o quanto elas podem ser cruéis com esse tipo de atitude, muitas com o rosto expressando pena ou dó, e na verdade e o que pude ver é que isso é a única coisa que não podemos sentir, já que viver em um mundo que não é preparado para receber suas necessidades é um desafio sem tamanho comecei a perceber que alcançar condições de acessibilidade significa conseguir igualar oportunidades que resultaria em uma real integração social, e que por fim teríamos a quebras de muitas barreiras preconceituosas na maneira de agir ou pensar, que temos muitas vezes por falta de conhecimento. Como designer percebi que uma das função de minha profissão é melhorar a qualidade de vida de deficientes.
Camila J. Melo 